quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Privatização e seus pontos positivos e negativos.

Privatização é a transferência de serviços ou propriedades governamentais para o setor privado. Nas privatizações, o patrimônio estatal é vendido para a iniciativa privada ou são abolidas as restrições que eventualmente existam na competição entre empresas públicas e privadas. O objetivo mais comum nos processos de privatização é aumentar a eficiência do governo, mas a implementação dela pode ter resultados positivos ou negativos. O termo "privatização" tem sido usado para definir uma série de transações diferentes, como os processos em que o estado concede ao setor privado o direito de construir, reformar e operar estruturas como rodovias, ferrovias e portos ou quando o governo seleciona empresas privadas para operar o que antes era monopólio estatal, como os serviços de correios, por exemplo. Além da obtenção de dinheiro pelo governo para equilibrar o orçamento ou o uso desses recursos em áreas prioritárias, uma das principais justificativas para a privatização é que as empresas operadas pelo estado são, geralmente e por várias razões, excessivamente burocráticas, têm seus principais cargos ocupados mais por critérios políticos do que por competência gerencial e, consequentemente, menos eficientes. Muitas vezes, a decisão pela privatização resulta também no fim do monopólio em determinado setor da economia, o que pode levar ao surgimento de um livre mercado competitivo.

Pontos positivos e Negativos.
1- Melhora nos serviços
Felizmente a realidade por si só já advoga a favor das privatizações. Experimente andar numa estrada controlada pela iniciativa privada e numa controlada pelo governo. Verifique a eficiência das empresas públicas e a das privadas.
O que podemos concluir é que as empresas privadas, por estar a todo momento sob risco e contra uma feroz concorrência, são obrigadas a buscar saídas e soluções para gerar dinamismo e optimizar suas funções – diferente das empresas públicas.

2- Corrupção
Diferente de uma empresa pública, os funcionários de uma empresa privada sabem muito bem quem é o dono da empresa e para quem trabalham. Os desvios de recursos nas empresas privadas são bem inferiores ao das empresas públicas, pois, diferente das empresas públicas, as empresas privadas não se capitalizam com apenas dinheiro público. Logo, com as privatizações a corrupção nas empresas será reduzida. Prova disso é que pagar a mensalidade de um aluno no serviço particular geralmente é mais barato do que sustentar o mesmo aluno no ensino público.


3- Cabide de emprego
Todos sabemos que as estatais servem apenas de cabide de empregos para que políticos indiquem pessoas desqualificadas para cargos altamente gabaritados. Até a Dilma foi indicada para um cargo na Petrobrás com salário de 100 mil reais.
Logo, as estatais abrigam muito mais funcionários do que deveriam para, às custas do nossos impostos, empregar apadrinhados do partido do poder, que irão desviar recursos das empresas públicas para seus partidos, que assim se perpetuarão no poder.

4- Crescimento
Numa empresa privada, os funcionários são promovidos através do mérito e esforço. Logo, o profissional evolui ou regride na sua carreira de acordo com seu desempenho. Numa empresa pública, é muito difícil demitir um funcionário improdutivo e há como evoluir na carreira através de um generoso plano de carreira ou de um apadrinhamento político.
Situações com essa desvalorizam o profissional que quer trabalhar e premiam os canalhas, pois no serviço público a diferenciação entre a remuneração é inferior a do serviço privado.
Logo, um ótimo professor do ensino público acaba ficando desmotivado com as péssimas condições de trabalho e de remuneração, acabando oferecendo um serviço pior do que o oferece no serviço privado. 

5- Concorrência
Vejamos o exemplo da Vale. Não havia dinheiro para os investimentos necessários para a empresa crescer e se manter competitiva. Os balanços da empresa estavam sempre no vermelho. Depois de privatizada, a Vale cresceu, emprega mais brasileiros e paga muito mais impostos do que antes.
Antes das privatizações, só ricos podiam contar com uma linha telefônica. As privatizações aumentaram a concorrência e entre as companias, que passaram a oferecer um serviço cada vez mais acessível ao cidadão comum. Por pior que seja o serviço de algumas operadoras, certamente é melhor e mais barato aos nossos bolsos do que seria se elas fossem estatizadas.

6- Privilégios
Enquanto que a maioria esmagadora dos brasileiros que pagam impostos trabalham na iniciativa privada, não contando com nenhum privilégio, muitos trabalhadores da estatais têm estabilidade em seus cargos. Como pode o cidadão acabar sustentando via imposto o BNDES para que esse financie empresas onde os trabalhadores contam com privilégios?
7- Inchaço
Ao privatizar estatais, o Estado passa a contar com os recursos da compra e assim poder focar mais nas suas funções essenciais, as quais a iniciativa privada não pode atuar: defesa do país, segurança, saúde, infraestrutura, educação, etc. O Estado deve fazer menos e fazer melhor. De nada adianta o Estado atuar em todas as áreas se ele atua de forma ineficiente com o dinheiro do contribuinte.


8- Risco
A forte atuação do governo em empresas estatais acaba fazendo com essas empresas percam valor no mercado, como é o caso da Petrobrás.
O investidor internacional fica receoso de investir numa empresa onde o objetivo não é só lucrar, mas também regular inflação e apadrinhar pessoas nos altos cargos. Como resultado disso, todo o país perde, pois o Brasil investe seus investimentos de longo prazo comprando ações da Petrobrás. Logo, a má gestão do governo acaba afetando até o brasileiro comum, que não investe na bolsa. 

9- Prejuízo
Nas empresas privadas, quando uma fraude acontece, quem sai prejudicado é o acionista. Nas empresas públicas é o contribuinte, ou seja, todos os cidadãos. Quem manda nas empresas privadas são os acionistas controladores. Nas empresas púbicas os funcionários mandam e desmandam através das corporações.

10-Contratação
Nas empresas privadas a área de recrutamento de pessoal existe para contratar os melhores para o desempenho das atividades sempre muito competitivas. Nas públicas a contratação é feita: 1- concurso (que só identifica a inteligência, mas não a produtividade); 2- por definição política (onde a técnica é desconsiderada); e, 3- por indicação de pessoas ligadas ao governo, para ocuparem os perigosos CCs;

11-Descontinuidade devido às eleições
As empresas privadas podem escolher o caminho da Governança Corporativa. As empresas públicas só podem esperar o resultado das eleições para que seja definido como será feita a administração das mesmas mais adiante;

12-Demora
As fraudes apuradas nas empresas privadas são, geralmente, de curta duração. As decisões do dono ou controlador tratam de minimizar as conseqüências ruins e novos controles tratam de prever melhor as crises. Já nas empresas públicas tudo é demorado e dificilmente empregado é demitido. O representante dos donos (cidadãos-contribuintes) jamais toma decisões drásticas;

13- Publicidade
A publicidade dos produtos da empresas privadas é, geralmente, medida pelo retorno das vendas e da institucionalização da imagem. No caso da publicidade das empresas públicas a decisão só tem como objetivo ajudar os amigos e aduladores;


14-Burocracia
As empresas privadas, como se sabe, não fazem licitações. Fazem negociações. Já as empresas públicas, além de serem obrigadas a licitar tudo, acabam por oportunizar fraudes por parte de quem quer vencer as licitações. Isto sem falar na demora que a burocracia impõe para as compras.


15- Mito do “petróleo é nosso”
Da onde que as pessoas acreditam que o petróleo é nosso? Até onde eu sei o dinheiro do petróleo acaba sendo revestido para fins secundários. Como para financiar os esportes, a cultura, os filmes nacionais, fazer propaganda em revistas e jornais que apoiam o governo, criar comerciais de tv, etc.
Se os lucros do petróleo fossem destinados inteiramente à educação, poderia até não reclamar. Porém, a realidade é que ele é destinado para muitos fins que pouco ou nada beneficiam a população.
Por que uma propaganda da Petrobrás numa revista me beneficiaria? Por que o investimento da Petrobrás num filme que eu não quero ver me beneficia? A verdade é que esses incentivos à cultura acabam fazendo com que a nossa imprensa e classe artística acabe se tornando defensora desse sistema que os beneficiam. Logo, eles defendem que o petróleo é nosso, mas é porque o dinheiro do petróleo, na verdade, é deles.
Se o petróleo é nosso por que o ouro também não é nosso? Cadê a Ourobrás? Então por que a preciosa água também não é nossa? Cadê a Águabrás? Então por que a banana também não é nossa? Cadê a Bananobrás. Só acreditamos que temos que estatizar a produção daquilo que está no nosso território porque somos uns bananas que moramos na Banânia.
Nossos recursos naturais devem ser explorados, sendo o lucro repassado para o explorador e os impostos da exploração destinados aos nossos serviços. O Estado não necessariamente tem que ser o explorador, apenas o bom gastador dos recursos dos impostos da exploração.

"Não tem nenhum problema privatizar, o problema é mentir, é dizer que vou privatizar o Banco do Brasil, a Petrobras"
(Marcelo Sicuto)


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